Enfim, caloura!
- Carolina de Vargas
- 19 de jun. de 2017
- 5 min de leitura
OLÁ, LEITORAS QUERIDAS!!! Tudo bom?
Gente, hoje eu vim invadir a página da Day e compartilhar com vocês uma alegria muito grande na minha vida. Eu finalmente sou caloura de Direito!!! Fui aprovada na Universidade de Itaúna, para Direito Diurno em 7º lugar. A notícia veio no dia 09 de junho e quem me deu foi a própria Dayane, que é tão desesperada que olhou no site da Universidade antes mesmo de eu acordar rs!
Quem é de Itaúna e região e já tentou o vestibular pra UIT sabe que não é nenhum bicho de sete cabeças (eu, particularmente, achei bem fácil!) e eu confesso que já meio que previa a minha aprovação, porque eu já tinha feito a prova como treineira antes e tinha sido aprovada. Ainda assim, eu acredito que toda conquista é uma conquista e merece ser celebrada e também compartilhada. Hoje eu conto pra vocês, então, a minha história com estudos, como foi a minha escolha do direito e quais são as minhas aspirações nessa área tão linda.

Bom, pra começar, eu sou filha de advogado rs. Ainda assim, eu jurava de pé junto que nunca ia fazer direito, que esse curso não era pra mim e que a vocação da minha vida era a medicina. Isso foram coisas que eu disse desde que tinha cinco anos até o ano passado, o ano do vestibular.
Eu sabia que não gostava de biologia, não via muita graça em cirurgia, abrir corpo e essas coisas; mas ainda jurava que essa era a minha profissão por um motivo bem simples - eu queria ser igual a minha tia, que é médica e uma pessoa fenomenal. Ainda bem que eu amadureci rs e percebi que eu podia ser uma pessoa igual a ela mesmo sem seguir sua carreira. E aí começou a minha busca incessante pela profissão perfeita. Eu passei pela moda, arquitetura, psicologia, enfermagem... Mas eu não conseguia me afirmar em nenhuma dessas opções. E enquanto isso, o direito ficava lá, despejado no cantinho.
Eu não me lembro exatamente quando, mas vocês devem se recordar daquela história no Rio de Janeiro em que uma menina foi estuprada por 33 caras. Eu fiquei em choque. Senti tanto nojo, raiva, medo... E minha revolta só ia piorando a medida em que a mídia ia colocando esse caso de lado. Me lembro bem do dia em que eu abri uma revista e li uma reportagem em que o jornalista reunia uma série de fatos que teoricamente justificariam o abuso sofrido pela menina. QUAL É???
Fiquei possuída de raiva, juro! Eu não sabia se tinha mais ódio dos estupradores ou do repórter imbecil. Dos estupradores, claro. Mas o repórter era um idiota. Eu soube, ali, que queria fazer alguma coisa pra mudar aquela realidade - ou o mundo em que vivemos ou a forma como o vemos. Daí veio a dúvida cruel: DIREITO OU JORNALISMO? Eu sempre amei escrever, ler, contar histórias, argumentar... As duas profissões me encantavam demais e me permitiriam mexer com as minhas paixões. Mas o vestibular pedia uma opção. Hora dos prós e contras.
Eu tenho a consciência de que nunca serei 100% feliz. Ou estarei frustrada com meu trabalho, ou com minha família, ou com minha vida social, ou com minha alimentação, ou até com meu dedinho do pé. Pra tomar aquela decisão tão importante e decisiva, eu tentei pensar muito não só na profissão que eu queria; mas na profissão que me permitiria ter a vida que eu queria. Como todas vocês já devem saber, o meu sonho é construir uma família ao lado de alguém especial e criar raízes. Essa será sempre a minha prioridade. Infelizmente, o jornalismo não poderia me oferecer isso. Eu teria que viver me mudando e viajando e, confesso, por agora seria bem interessante, mas não iria me atender no futuro. Já o direito me daria essa possibilidade, ainda mais porque eu conto com a bênção que é ter um escritório de renome já montado aqui na minha cidade. Comecei, então, a pesquisar mais sobre o curso e fui me apaixonando.
Mas você acha que acabou? Há! Quem dera! Ainda faltava escolher pra onde eu ia. Minhas opções eram a UFMG, a UIT e a Faculdade de Direito Dom Helder Câmara. Essa última é a melhor faculdade particular de direito de Minas Gerais e, por isso, tem uma mensalidade um pouco apimentadinha. Pra mim, ia ficar muito caro porque, além da mensalidade, eu teria que pagar para viver em outra cidade. Então a disputa acirrada ficou entre UIT e UFMG. Minha mãe e minhas tias estudaram na Federal e esperavam que eu fosse seguir esse caminho também. Já meu pai queria que eu estudasse na mesma faculdade que ele, em Itaúna. Fiz somente a prova do ENEM, certa de que estudaria na Federal, porque sabia que ela era uma grande faculdade e que me traria muitas vantagens culturais e ampliaria meus horizontes. Porém, quando o vestibular de Itaúna já tinha passado sem eu me inscrever, eu comecei a me questionar se não tinha deixado uma grande oportunidade passar, porque, por outro lado, eu seria infeliz por me distanciar da minha família, do meu namorado e dos meus amigos. Acho que vocês já sabem qual foi minha opção, né?
Assim que eu formei na escola, comecei a trabalhar com o meu pai, como sua secretária no escritório. A cada dia que passa, eu me sinto mais apaixonada e impressionada por essa área por que há uns dois anos eu não daria nada. Esperei até que a UIT abrisse as incrições para o vestibular do 2º semestre de 2017 e me preparei no cursinho pré-vestibular Pentágono, onde eu conheci a Day rsrs! O primeiro semestre passou, eu fiz a prova e TCHARAM: PASSEI! SOU CALOURA DE DIREITO!
Eu ainda pretendo seguir enfrente com a minha paixão, que é escrever. Estou trabalhando num projeto super hiper mega ultra secreto (um livro, mas não conta pra ninguém, tá?) e, é claro, tenho o meu cantinho aqui no blog. Acho que assim vou ser bem feliz, principalmente porque conseguirei conciliar essas paixões - o direito e as letras - com o meu grande sonho.
Meus planos na área jurídica ainda são bem rasos, sabe? Acho que posso mudar de ideia ao longo do curso, mas, se depender da minha experiência aqui no escritório, vou querer mesmo é seguir meu pai como advogada cível e criminal. Advogar mesmo. Contribuir para que a justiça seja feita, ao menos ao meu redor. Também estou estudando para o concurso do Tribunal de Justiça. Acho que não tenho muita vocação pra ser concurseira, mas enquanto eu não posso atuar de fato nos tribunais, um dinheirinho é sempre bem vindo. Aliás, tem alguém aí disposto a me dar um estágio?
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